Imprensa climática
Gráfico da evolução das temperaturas em Portugal sob a influencia do aquecimento global, desde o início da era da revolução industrial, até 2022. Autor: Professor Ed Hawkins, #ShowYourStipes
Danos económicos das alterações climáticas são seis vezes pior do que o anteriormente estimado Um novo estudo revelou que um aumento de 1°C na temperatura global trará um decréscimo de 12% no produto interno mundial.
COP 29 vai enfrentar a encruzilhada do financiamento climático. A próxima COP será realizada em Baku, Azerbaijão, no final de Novembro. O ministro do ambiente daquele país assume que um dos maiores desafios desta cimeira será obter um acordo das Partes em torno do financiamento para a transição energética, de modo a travar o aquecimento global a 1,5°C. Para alcançar as metas climáticas, além do avultado investimento que os países desenvolvidos terão de realizar, é ainda necessário não deixar nenhum país para trás, o que implicará criar um financiamento de 2,4 triliões de dólares por ano, destinado exclusivamente a apoiar os países em vias de desenvolvimento, que não têm possibilidade de financiar sozinhos a sua transição energética. Contudo, subsistem muitas dúvidas sobre as fontes dos financiamentos para a transição, e se o sistema funcionará, além de que que a presente “guerra das taxas aduaneiras” entre as duas grandes potências globais poderá ensombrar as negociações.
Reino Unido. Ficar à espera que os bancos estimulem a transição energética não vai funcionar. Segundo o The Guardian, se o Reino Undido quiser alcançar “zero emissões líquidas” terá de desenvolver e investir numa estratégia industrial nacional que produza um crescimento sustentável e crie emprego. Esperar que sejam os bancos a determinar o investimento necessário para superar o desafio da crise climática, como tem feito o actual primeiro-ministro, Rishi Sunak, é uma receita para o desastre.
A economia do hidrogénio pode reduzir em 22% os custos da mitigação na crise climática. Um novo estudo aborda as conhecidas dúvidas sobre a utilização do hidrogénio como fonte de energia para um futuro com “zero-emissões líquidas”, nomeadamente a relativa baixa densidade do gás e os seus elevados custos de produção, e apresenta 25 cenários em que explora o custo-benefício da integração de hidrogénio limpo no sistema global. Apesar das dificuldades técnicas, o estudo mostra que o recurso ao hidrogénio limpo pode baixar significativamente os custos da mitigação das alterações climáticas.


